Marquemos os minutos que gastamos sem fazer nada relevante. Lembremo-nos dos momentos em que esperamos ser curados de uma ferida moral, entretanto, sinceramente, não nos esforçamos para buscar verdadeiramente a cura. Perdemos horas chorando, nos arrependendo, pedindo uma nova chance de fazer o que é certo e... esta chance vem.
Novamente, não fazemos nada. Por que?
Uma série imensa de razões. Ou “não estou pronto” (Quando estaremos prontos?) ou “não sei meu ministério” ou outra desculpa hipócrita. Sim, hipócrita. Em primeiro lugar, Ele é quem capacita. O poder d’Ele se aperfeiçoa na fraqueza, lembra? (I Coríntios 12:9). Listamos motivos pelos quais não podemos fazer a obra. Esquecemos que o ministério pessoal não é somente uma atitude ‘visível’, como, por exemplo, cantar ou pregar na igreja. Pelo contrário. Inicia-se no testemunho diário. Inclui-se nisto o quanto de tempo você gasta lendo a Bíblia, a sabedoria que Ele te dá para aconselhar os angustiados que ainda não o conhecem e, muitas vezes, discipular e caminhar juntamente com os irmãos em Cristo.
Perdemos muito tempo. Particularmente, sonho em adorar a Deus com atitudes ‘visíveis’ e creio que todos também o querem. Muitas vezes dá vontade de chamar alguns amigos e sair por aí, cantando o amor d’Ele. Todavia, nem sempre isto ocorre. A razão: ‘não me sinto pronto’. (A primeira pessoa a quem este texto se destina sou eu e sei disto). Nós vivemos muitas vezes fases, ora estimulados por um excelente culto ou por emoções, entramos numa fase ‘quente’, em que estamos ligados na igreja, participamos, sonhamos com mais, louvamos com intensidade. E vem as dificuldades. Vem a segunda, com as obrigações, os trabalhos atrasados e a correria. E, ‘pra que ler a Bíblia’? ‘Para que buscar mais de Deus, sentir mais de Sua presença’? “Deus entende que estou ocupado e, além do mais, o que Ele me entregou no domingo me alimentará a semana inteira”. Na primeira prova, entramos na fase fria.
É quando oramos e parece que não somos respondidos. E, vamos esfriando, não nos importando de perder a comunhão... E, neste momento, tudo aquilo que queríamos dar a Deus... quebramos nossas promessas.
O que importa aqui é uma pergunta: quando contaremos do amor d’Ele? Quando deixaremos de ser o servo que tem olhos, mas parece não ver?
Creio que precisamos pedir a cada dia que Ele nos dê a visão d’Ele. No entanto, não fazemos. Por que razão? Temos medo. Ficamos em nossa mente: ‘poxa, e se Deus me mandar construir uma arca no meio da avenida aqui de casa? Eu moro em Goiânia, nem tem mar aqui...’. Temos medo de morrer até mesmo por quem amamos. Temos medo de morrer para Ele. Queremos nos livrar dos fardos, só que, em vez de pedir ajuda a Jesus, que tem o fardo suave e o jugo leve, quebramos nosso compromisso. O que fazemos quando nosso tempo fica muito corrido? Geralmente, cortamos o que era para ser corbã, dedicado a Deus.
“Tenho uma prova hiper difícil amanhã. Deus entende. Leio a Bíblia amanhã”. Repensemos nossas prioridades. Afinal, “quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 10:39).
[Por razões pessoais, a Lorena não teve como fazer uma postagem hoje. Publiquei, então, um texto antigo meu que foi postado no blog "Já Estou Crucificado" e no Alternativa Sete]
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